A aniversariante colocou sua melhor roupa. Os amigos fizeram um mutirão e foi organizada uma grande festa. A comemoração parou a Vila Olímpica da Maré, no subúrbio do Rio.
Maré
Moradora da favela da Maré há quase 30 anos, Maria Alice não esquece as lembranças de quando era lavradora de uma plantação de arroz: “Minha mão era grossa, por causa dos calos. Agora, não é mais não”, conta a senhora. A mais velha de 24 filhos perdeu o contato com todos os irmãos, não sabe quais estão vivos e nunca mais teve notícias de nenhum deles. Mas, apesar das histórias tristes, na Vila Olímpica ela é a atração e a alegria da turma. Usa cadeira de rodas, mas, na aula de alongamento, consegue mostrar sua saúde: se levanta sozinha, sem ajuda da professora. Dona Maria Alice é um exemplo para os outros alunos.