Sintomas de Alzheimer são mais discretos em maiores de 80 anos


Do G1, em São Paulo

Uma pesquisa divulgada na edição de agosto da revista científica Neurology sugere que os sintomas da doença de Alzheimer sejam mais discretos nos pacientes com mais de 80 anos de idade.
O estudo contou com 105 pessoas com Alzheimer e 125 livres da doença, todas convocadas para a pesquisa por uma equipe da Universidade da Califórnia em San Diego. As 230 pessoas foram divididas em dois grupos: um com participantes entre 60 e 75 anos e outro com pessoas com 80 ou mais anos.
Foram feitos testes para medir a capacidade dos idosos em prestar atenção, processar informações e guardar novos dados na memória. Os pacientes também precisam passar por exames para medir a grossura dos tecidos cerebrais.
Os pesquisadores descobriram que os sintomas mais comuns da doença como a perda de memória e a redução em áreas do cérebro são menos perceptíveis nos pacientes acima de 80 anos. Para Mark Bondi, coordenador do estudo, o trabalho traça um perfil do efeito da idade na atrofia cerebral e nas alterações cognitivas causadas pelo Alzheimer.
Segundo o pesquisador, a diferença entre o cérebro dos pacientes com Alzheimer e dos idosos saudáveis acima de 80 anos é menor do que a observada entre os participantes com ou sem a doença na faixa entre 60 e 75 anos.
Uma explicação oferecida pelos cientistas está no fato de sintomas como a diminuição de áreas no cérebro é uma característica que ocorre com a própria idade, especialmente entre pessoas com mais de 80 anos.