O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a inflação entre a população idosa, subiu 1,60% no quarto trimestre do ano passado, após elevação de 0,60% no terceiro trimestre, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com esse resultado, a inflação para os idosos fechou 2008 em 6,35%, acima do apurado pelo mesmo índice em 2007 (alta de 5,04%).
A inflação do quarto trimestre sentida pelos idosos foi mais intensa do que a apresentada pelo IPC-BR, que mede a inflação no varejo em todas as faixas etárias e subiu 1,56% no mesmo período. Ainda segundo a fundação, a taxa do IPC-3i no ano passado também foi maior do que a verificada em 2008 para o IPC-BR, que subiu 6,07%.
A inflação do quarto trimestre sentida pelos idosos foi mais intensa do que a apresentada pelo IPC-BR, que mede a inflação no varejo em todas as faixas etárias e subiu 1,56% no mesmo período. Ainda segundo a fundação, a taxa do IPC-3i no ano passado também foi maior do que a verificada em 2008 para o IPC-BR, que subiu 6,07%.
Em comunicado, a FGV informou que, entre as sete classes de despesa pesquisadas para cálculo do índice, a maior contribuição para a aceleração de preços verificada entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado partiu do grupo Alimentação, cujos preços voltaram a subir (de deflação de 0,98% para alta de 2,36%), no período. Houve movimentações de preços expressivas em Hortaliças e Legumes (-16,50% para 7,63%), Laticínios (-3,41% para 0,99%) e Carnes Bovinas (3,59% para 7,35%).
Das sete classes de despesa pesquisadas, cinco apresentaram aceleração de preços ou fim de deflação, na passagem do terceiro trimestre para o quarto trimestre. Além de Alimentação, é o caso de Vestuário (de -0,25% para 2,27%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,26% para 1,43%); Educação, Leitura e Recreação (de 0,67% para 1,65%); Transportes (de 0,47% para 1,33%). Os outros dois grupos restantes registraram desaceleração de preços, no mesmo período. É o caso de Habitação (de 1,68% para 1,12%); e Despesas Diversas (de 2,20% para 0,53%).
Entre os produtos, as altas mais expressivas no quarto trimestre deste ano, no âmbito do IPC-3i, foram registradas em tomate (88,87%); plano e seguro saúde (1,86%); e mamão papaia (29,78%). Já as mais significativas quedas de preços foram apuradas em feijão carioquinha (-26,31%); manga (-37,43%); e cenoura (-19,91%).
Entretanto, no ano, as altas mais expressivas de preços foram registradas em plano e seguro saúde (7,42%); tomate (110,47%); e pão francês (21,52%). Já as mais expressivas quedas em 2008 foram apuradas em feijão carioquinha (26,69%); batata-inglesa (-17,80%), e leite em pó (-9,73%).
O IPC-3i representa o cenário de preços em famílias com pelo menos 50% dos indivíduos de 60 anos ou mais de idade, e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.