Categoria: Internet "Aos 78 anos, Clint Eastwood surge como favorito ao Oscar de melhor ator"


Capa do caderno de Artes e Espetáculos do New York Times de sábado (13) e da edição de dezembro da revista masculina Esquire, Clint Eastwood está na ordem do dia nos Estados Unidos. Com dois filmes em cartaz, "A Troca" e "Gran Torino", ele surge novamente como um dos favoritos aos prêmios das associações de críticos e da Academia.
Desta vez, no entanto, a aposta principal é para o Oscar de ator, que ele nunca ganhou. Na estante de sua casa em Carmel, na Califórnia, ele acumula quatro estatuetas, duas de direção e duas de melhor filme. Cada par foi conquistado por "Os Imperdoáveis" (1992) e "A Menina de Ouro" (2004).
"A Troca" chegou aos cinemas americanos em 24 de outubro, depois de ter passado pelo Festival de Cannes em maio e pelo Festival de Nova York - a estréia no Brasil está prevista para 16 de janeiro de 2009. Inspirado em fatos reais, traz Angelina Jolie no papel de uma mãe à procura do filho, supostamente seqüestrado na Los Angeles dos anos 20.
Nem bem terminou a carreira de "A Troca" nas salas, o septuagenário Eastwood lançou um novo filme lá este fim de semana. Em "Gran Torino", ele dirige e atua no papel principal. Fazia anos que não aparecia diante das câmeras, mais precisamente desde que encarnou Frank Dunn, o treinador de Hillary Swank em "A Menina de Ouro" (2004). O filme tem estréia prevista no Brasil para 6 de fevereiro.
Ele é Walt Kowalski, veterano da Guerra da Coréia e operário aposentado da Ford com uma pequena queda por blasfêmias, preconceitos e xingamentos elaborados. Em certo sentido, Kowalski é uma reencarnação do treinador Dunn, de "A Menina de Ouro". Por trás da casca, um homem honesto, justo e extremamente amargurado às voltas com a perda da mulher, o afastamento dos filhos e as memórias da guerra.
Na entrevista ao NYT, Eastwood declara que faz os filmes para o prazer e deleite de uma única pessoa, ele mesmo. Logo, não tem como fim a conquista de prêmios e condecorações de outros tipos. De qualquer maneira, vê-lo subir novamente ao palco do Kodak Theatre para receber o reconhecimento por uma de suas mais intensas interpretações pode ser uma grande reviravolta na carreira do homem que encarnou personagens discutíveis como Dirty Harry.