Jovem cochila mais que idoso, conclui pesquisa

Resultado de estudo sugere que cochilos não têm relação com envelhecimento

Pode parecer que o vovô sempre cai no sono facilmente em sua poltrona, mas um pequeno estudo sugere que jovens privados de sono são muito mais prováveis de “pescar”.

Pesquisadores analisaram os padrões de sono de 37 pessoas saudáveis, sendo 26 delas com menos de 29 anos e as demais com mais de 65. O estudo de cinco dias incluiu um período de 26 horas durante as quais os voluntários concordaram em ficar acordados.

Os cientistas monitoraram a vigilância deles ao observar ondas cerebrais e movimentos oculares. Além disso, eles administraram testes a cada duas horas para medir tempos de reação e lapsos de atenção.

A análise, publicada online dia 3 de maio na “Revista da Sociedade Norte-Americana de Geriatria”, descobriu que, pelas primeiras 16 horas, os dois grupos tiveram o mesmo desempenho. Entretanto, nas dez horas seguintes, os mais jovens tiveram três vezes mais falhas de atenção que os idosos e tempos de reação significativamente mais lentos.


As pessoas com menos de 29 também estiveram mais propensas a cochilar - mais de metade delas tiraram uma soneca em um momento ou outro, enquanto todas as pessoas mais velhas ficaram acordadas.

“Os idosos que adormecem durante o dia podem ter outro problema”, disse a autora principal do estudo, Jeanne Duffy, professora de medicina em Harvard. “Essa não é uma consequência normal do envelhecimento”, explica.

.A insônia e a apneia são os principais distúrbios que tiram literalmente o sono dos brasileiros. “A primeira é caracterizada como um sintoma, e não uma doença, já que pode estar relacionada a outros fatores, na maioria dos casos psicológicos. A sonolência excessiva diurna também pode ser um indício da própria apneia”, observa Tomomi Harashima, coordenador do Centro de Apneia Obstrutiva do Sono do Cetao.

Pesquisadores da Universidade de Chicago descobriram que manter os olhos abertos durante a noite está fortemente ligado ao surgimento do diabetes tipo 2. Isso porque, quando os indivíduos acordam no momento em que estão prestes a entrar em sono profundo, o corpo torna-se incapaz de reconhecer sinais normais de insulina, ocasionando aumento nos níveis de açúcar do sangue.

Fonte: Super