Quatro em cada cinco idosos são os principais responsáveis pelo sustento de casa, principalmente nas classes mais baixas, em que a aposentadoria tem grande peso na renda familiar. É uma das conclusões do estudo Longevidade Brasil, coordenado pelo cientista social José Carlos Libânio, ex-coordenador de desenvolvimento da ONU no País.
A pesquisa entrevistou cerca 2 mil pessoas das classes A, B e C em seis cidades brasileiras.
Segundo Libânio, na classe C, 82% dos idosos mantêm os lares. Na classe A, 76%. "Para as classes mais pobres, o fato de poder contar com uma renda certa e segura faz toda a diferença", afirmou Libânio.
A pesquisa, patrocinada pelo Bradesco Seguros, mostra que, para os idosos, as piores coisas de envelhecer são: doenças físicas (53%), ser desrespeitado (20%) e solidão (15%). Por outro lado, 78% discordam que a velhice é um tipo de doença. Para 73%, ser idoso é motivo de tranquilidade. Para 30%, é sinônimo de preocupação. Três em cada quatro consideram que o melhor de envelhecer é não ter horários.