O médico analisa sapato de salto. "O problema é que tem um saltinho e ele não é preso atrás por esse motivo ele facilita para as quedas. O ideal é que use o calçado sem o solado muito alto e preso no calcanhar para que facilite”, fala Carlos Uehara, geriatra.
"Eu já vou pegar o exemplo do doutor aqui e vou usar”, diz Maria Adelaide Souza, dona de casa.
A visão já não é a mesma, a musculatura está mais fraca e é preciso mais esforço para se manter equilibrado, sem cair. Para milhões de idosos, a locomoção é sinônimo de desafio. Uma batalha diária que precisa ser vencida a cada passo.
Dona Renata levou um tombo e quebrou a perna, não consegue mais andar sozinha. Ela sofre de osteoporose, doença que causa a perda de cálcio e o enfraquecimento dos ossos.
Renata Bérgamo conta como ficou sua vida. “Agora conforme vem a idade já a gente não anda como andava antes. não vou mais comprar as coisas no mercado”, conta.
Dados da Secretaria de Saúde do estado de São Paulo revelam que 30% das pessoas com mais de 60 anos sofrem quedas dentro de casa. Só no ano passado, dez mil tiveram fratura no fêmur.
“É um ciclo vicioso, porque depois do primeiro evento de queda, o idoso fica mais restrito em casa. Com isso, os músculos da perna, principalmente, e do quadril, enfraquecem, e fica mais propenso a ter novos episódios de queda”, explica Carlos Uehara.
Segundo o médio Rogério Vidal, ortopedista, o tratamento para fratura na coluna é uma cirurgia minimamente evasiva.
Através de um de pequeno corte, um balão é introduzido. É ele que levanta a vértebra fraturada. Em seguida, um tipo de material acrílico preenche a cavidade óssea. “Tem que partir do mecanismo da prevenção e tomar uma série de medidas para evitar que esses pacientes caiam e se cair fazer com que o prejuízo não seja tão grande”, explica.