São Paulo - Um estudo realizado pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) verificou que os idosos são mais vulneráveis ao mau atendimento em uma unidade da rede pública de saúde de São Paulo. De acordo com informações da Agência USP, os profissionais da unidade observada chegam a atuar de forma violenta, "mesmo que involuntariamente". No entanto, a assistente social Marilia Viana Berzins, autora da pesquisa, alerta que os resultados não podem ser generalizados para todo serviço público de saúde.
Em sua tese de doutorado Violência institucional contra a pessoa idosa: a contradição de quem cuida, a pesquisadora analisou a percepção de 16 profissionais de um serviço de emergência, entre atendentes, auxiliares de enfermagem, enfermeiros, capelão e assistentes sociais, à exceção dos médicos. Segundo Marilia, o Ministério da Saúde identifica nove exemplos de situações em que há violência em relação ao idoso, como casos de frieza, rispidez e peregrinação dentro do próprio serviço.
A pesquisadora aponta ainda que um dos principais problemas entre os funcionários é como eles enxergam a velhice como "como uma coisa ruim" ou "até mesmo como uma doença". Marilia lembra que, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2007, o Brasil possui 19 milhões de idosos. A estimativa é de 32 milhões de pessoas idosas em 2030.
AE