A imagem da vovó encurvada, tricotando em frente à TV está gradativamente sendo substituída pela de mulheres dinâmicas, que dançam, estudam, namoram, praticam esportes e se reúnem com os amigos. A mudança de comportamento é observada por pesquisadores da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati), que atende a três mil alunos, acima de 60 anos, na Uerj, sendo 70% mulheres.O aumento de 30 anos na expectativa de vida dos brasileiros, nas últimas cinco décadas, é fator decisivo para transformar os gostos e costumes dessas senhoras, aponta o médico e diretor da Unati, Renato Veras.
— A grande questão é incorporar qualidade de vida a esse novo período. Assuntos como sexualidade, saúde e socialização começam a permear essa faixa etária.
A passos largos e com elegância, a aposentada Regina Lopes, de 77 anos, pratica dança duas vezes por semana na Unati. Mesmo morando em Jacarepaguá, ela faz questão de participar das aulas:
— A distância não é problema. Aqui resgatei a jovem Regina. É como se fosse uma terapia emocional. A dança faz você se soltar,levar a vida mais leve e sem tanto estresse.
Em 13 anos de Unati, a bisavó já passou por aulas de história da arte, pintura, moda e ainda arrumou tempo para um trabalho voluntário de visitação de idosos em asilos.
— A grande questão é incorporar qualidade de vida a esse novo período. Assuntos como sexualidade, saúde e socialização começam a permear essa faixa etária.
A passos largos e com elegância, a aposentada Regina Lopes, de 77 anos, pratica dança duas vezes por semana na Unati. Mesmo morando em Jacarepaguá, ela faz questão de participar das aulas:
— A distância não é problema. Aqui resgatei a jovem Regina. É como se fosse uma terapia emocional. A dança faz você se soltar,levar a vida mais leve e sem tanto estresse.
Em 13 anos de Unati, a bisavó já passou por aulas de história da arte, pintura, moda e ainda arrumou tempo para um trabalho voluntário de visitação de idosos em asilos.
A sensação de bem-estar é semelhante para quem acabou de se matricular no curso de dança. Deprimida, Shirley Marques, de 71 anos, resolveu procurar a universidade, após o convite de uma amiga. As dores nas pernas e a tristeza deram lugar a uma vida mais dinâmica, com direito a aulas de teclado, dança e reuniões com as novas amigas.
— A Unati é como adubo em minha vida. Renasci das cinzas. Achava que, depois da aposentadoria, eu não tinha mais sentido. Foi uma redescoberta de
prazeres — declara.
Hoje, os quatro filhos, três netos e bisnetos de Shirley brincam, dizendo que precisam marcar hora em sua agenda para conseguir encontrá-la em casa.
— Digo a eles que, se estivesse parada, estaria doente na cama.
Leia a matéria na íntegra na edição desta quinta-feira do GLOBO-Tijuca.
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