Posted: 12 Dec 2010 06:00 PM PST
Na pesquisa em questão, foram analisadas 271 pessoas com idades entre 65 e 79 anos. Divididos em dois grupos, os idosos foram observados por sete anos e os que consumiram maior quantidade de vitaminas do complexo B, incluindo a B12 e ácido fólico, mostraram maior resistência ou não desenvolveram a doença em comparação ao outro grupo que ficou mais vulnerável.
Em contrapartida à pesquisa, recentemente foi publicado um painel médico dos Institutos Nacionais de Saúde no qual ficou concluído que não existem alimentos ou vitaminas que definitivamente impeçam o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Contudo, os especialistas afirmam que uma boa alimentação é o melhor caminho. "Uma dieta saudável continua a ser importante, porém o papel da suplementação vitamínica permanece no campo da incerteza", afirma Dr. Sudha Seshadri, professor associado de neurologia na Universidade de Medicina de Boston e autor de um editorial que acompanha o estudo.
Para Maria Carillo, PhD e diretora sênior de relações médicas e científicas na Associação do Alzheimer, é preciso ter cuidado na interpretação das novas descobertas, especialmente dado que os participantes do estudo pouco desenvolveram a doença. "Nós sabemos que a vitamina B12 é um grande colaborador para reduzir os níveis de homocisteína.
A redução destes, em geral, é importante para a saúde cardiovascular e este estudo reforça o nosso conhecimento sobre o seu papel na prevenção do Alzheimer", disse.
Sam Gandy, médico e diretor adjunto do Alzheimer Research Center, na Mount Sinai School of Medicine, em Nova York, afirma que o estudo tem embasamento, todavia ele tem receio que os resultados não se apliquem para pessoas fora da Escandinávia e que eles estimulem os médicos a recomendar injeções de vitamina B12 para os seus pacientes.
"Ainda não está claro se aumentar a ingestão de vitamina B12 vai ajudar a proteger contra Alzheimer. Uma boa alimentação deve minimizar o risco da doença, mas não podemos dizer que qualquer alimento específico tenha sido comprovado a reduzir esse risco", afirmou.