Bengalas e andadores ajudam idosos, mas podem causar quedas feias

Pesquisa mostra que 33% dos acidentes desse tipo levam a internação.
Problemas são mais comuns entre mulheres; fragilidade é uma das razões.

Segundo os pesquisadores do Centro de Controle de Doenças, de Atlanta, nos Estados Unidos, mais de 40 mil lesões ocorrem anualmente por conta de bengalas, andadores e outros dispositivos que deveriam ajudar as pessoas no dia-a-dia. As lesões mais comuns são as fraturas e contusões. Os dados analisados vieram de uma amostra representativa de 66 serviços de emergência daquele país.

Leia mais Saúde em foco


Embora as quedas associadas às bengalas e andadores sejam uma pequena fração do número de acidentes, esses tendem a serem mais graves. Das vítimas dessas quedas, 33% precisam ficar internadas. As mulheres têm uma chance quase duas vezes maior de sofrer esse tipo de acidente.


Quando avaliados em separado, os andadores estão mais ligados aos acidentes do que as bengalas. Os especialistas acreditam que as pessoas que precisam de andadores podem ser mais frágeis e com menor força física, aumentando o risco. As lesões mais frequentes atingem a parte baixa do tórax, seguidas das lesões na cabeça.


Essa pesquisa aponta para a necessidade de oferecer tratamento especializado aos pacientes que Irão precisar desses aparelhos. Fisioterapeutas deveriam poder se dedicar a ensinar aos pacientes o uso adequado de bengalas e andadores. Em uma sociedade que está envelhecendo como a nossa, esses dispositivos se tornarão cada vez mais comuns.


Os acidentes com os idosos têm repercussão nos custos gerais da saúde, e aqueles evitáveis podem poupar vidas e recursos.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.