O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a inflação entre a população idosa do País, foi de 1,15% no segundo trimestre deste ano, após subir 1,51% no primeiro trimestre de 2009, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No segundo trimestre do ano passado, o IPC-3i foi de 2,68%. No acumulado do primeiro semestre deste ano, a inflação dos idosos acumula alta de 2,68% e, nos últimos 12 meses até junho, o indicador totaliza 4,94%.
O IPC-3i representa o cenário de preços em famílias com pelo menos 50% dos indivíduos de 60 anos ou mais de idade, e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos (de R$ 465 a R$ 15.345).
A inflação dos maiores de 60 anos ficou acima da média geral. O Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que mede a inflação no varejo em todas as faixas etárias, subiu 0,98% no período entre abril e junho, 2,66% nos seis primeiros meses de 2009 e 4,87% em 12 meses até o mês passado.
Segundo a FGV, três de sete grupos foram responsáveis por mais de 90% da taxa de 1,15% do IPC-3i no segundo trimestre deste ano. São eles: Habitação (+1,3%), Saúde e Cuidados Pessoais (+2,26%) e Despesas Diversas (+4,98%). Esses três grupos tiveram altas menores no trimestre imediatamente anterior, quando Habitação subiu 1,06%, Saúde e Cuidados Pessoais teve alta de 2,26% e Despesas Diversas ficou em 0,88%.
O grupo de Alimentação, que tem se destacado nos indicadores com períodos de coleta mais recentes, como o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), no IPC-3i do período entre abril e junho de 2009 teve alta de 0,35%. O grupo foi o principal responsável pela diminuição de 0,36 ponto porcentual no IPC-3i do período em relação ao primeiro trimestre deste ano, quando ficou em 1,51%.
Houve também grande contribuição para a desaceleração do índice na passagem de um trimestre para outro dos grupos de Transportes, que passou de uma alta de 1,23% no primeiro trimestre para uma queda de 0,37% no segundo trimestre, e de Educação, Leitura e Recreação, que passou de +1,86% para -0,98%. Já o grupo Vestuário saiu de uma deflação de 1,01% no primeiro trimestre para uma alta de 1,93%.
Produtos
Ainda de acordo com a FGV, tiveram destaques as altas da taxa de água e esgoto residencial (+2,91%) e medicamentos em geral (+5,04%). Porém, as cinco maiores influências de alta do IPC-3i no segundo trimestre vieram do leite longa vida (+31,27%), cigarro (+20,78%), batata-inglesa (+30,72%), vasodilatador para pressão arterial (+5,22%) e plano e seguro saúde (+1,37%). Já as principais influências de baixa vieram de mamão papaia (-30,02%), passagem aérea (-18,36%), feijão preto (-29,29%), cenoura (-17,94%) e alface (-11,44%).