Pesquisadores do interior de SP criam a carne em pó


O Jornal Hoje fez testes em hospitais e os pacientes não sentiram diferença entre a carne comum e esta que acaba de sair do laboratório da Universidade de São Paulo e Universidade Estadual Paulista.

Não parece, mas isso é carne. Carne em pó! “Qualquer paciente que precise de uma dieta, onde ele só possa consumir líquidos, a mistura protéica em pó vai ser útil”, comenta Silvia Papini Berto, nutricionista.

Mas para comprovar, decidimos fazer um teste. Primeiro, vamos preparar uma sopa de legumes com carne em pedaços. Os ingredientes são triturados no liquidificador e a sopa é peneirada. Dá para perceber que mais da metade do alimento ficou na peneira.

Agora, uma sopa de legumes como a primeira, mas em vez de carne em pedaços, utilizamos a carne em pó. As duas sopas foram servidas a pacientes que passaram por cirurgias na boca.

“É o mesmo sabor e é mais consistente”, diz um paciente.

A carne em pó ainda é produzida em pequena escala para atender as pesquisadoras. O processo é complexo, mas basicamente a carne é cozida, a água extraída, e depois moída até virar pó.

Desde fevereiro deste ano pesquisadoras da UNESP de Botucatu e da USP de Bauru, em parceria com um frigorífico do interior do estado, têm utilizado o produto com pacientes que se recuperam de cirurgias.

As nutricionistas acreditam que o produto pode ajudar no combate e na recuperação de muitas doenças.

“Alzheimer, pacientes com doença de parkinson, pacientes com cirurgias gastro-intestinais, com acidente vascular cerebral, idosos que têm dificuldade de mastigação, então a mistura protéica em pó pode ser útil também nestes casos”, explica Silvia Papini Berto, nutricionista

A carne em pó deve estar disponível para o consumidor no ano que vem.