Idosos do Riacho Fundo usam pracinha para manter a forma

Entenda as consequências do envelhecimento da população no mundo

Podem faltar jovens no mercado e crescem gastos com previdência.
Fenômeno é tendência em todos os países nos próximos anos.

Do G1, em São Paulo

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O envelhecimento da população mundial, uma tendência em todos os países nos próximos anos, pode trazer problemas sociais e econômicos.

Para ajudar o vestibulando a entender as consequências do crescimento demográfico, o professor de geografia Reinaldo Scalzaretto, do Anglo, explica em uma aula em vídeo quais são as três etapas desse fenômeno pelas quais passam, já passaram ou ainda não passar todos os países do mundo.

“Em um primeiro momento, as taxas de natalidade e mortalidade são muito altas, e a população cresce pouco. Em um segundo momento, a natalidade permanece relativamente alta e a mortalidade desaba, havendo uma verdadeira explosão demográfica. Recentemente os países subdesenvolvidos passaram por isso. A terceira etapa, na qual os países desenvolvidos já estão, é o momento em que a natalidade também diminui, se aproximando da mortalidade, reduzindo muito o crescimento populacional", afirma o professor (confira o vídeo).

Na terceira fase, em que há a diminuição da população jovem e o aumento significativo da população idosa, a população envelhece. O Brasil, segundo Scalzaretto, está caminhando em direção a essa situação. O envelhecimento da população traz problemas como a possibilidade de faltar jovens no mercado de trabalho - o que eleva inclusive o custo da mão de obra gerando problemas econômicos - e a elevação nos custos da previdência social e gastos com saúde.


Idosos respondem por 70% das vítimas de golpes virtuais na China

Grupos criminosos que enganam chineses e os levam a revelar informações de conta bancária e outros detalhes pessoais estão tendo maior sucesso entre idosos e mulheres, informou a polícia nesta segunda-feira (31). Entre as vítimas dos golpes, 70% são idosos.

Uma operação severa na China contra o cibercrime, realizada nos últimos três meses, revelou cerca de 280 gangues. No total, 1.469 pessoas suspeitas de envolvimento nos crimes foram detidas, segundo o Ministério de Segurança

Pública, citado pela agência de notícias Xinhua.

A maioria dos golpes fisga a vítima por meio de mensagens de texto que alegam ser de bancos ou da polícia, fazendo-as ligar para números falsos e fornecer detalhes de conta bancária. No Ocidente, tais práticas são chamadas de phishing scam e normalmente acontecem por meio de mensagens indesejadas (veja como funciona a tática).

"A principal característica dessas pessoas é a persuasão e também o uso de tecnologia muito sofisticada", afirmou Huang Zuyue, vice-diretor da unidade de investigação de crimes do Ministério de Segurança Pública.

Conversa

Outros golpes eficazes são enviar "palavras doces" que atraem a vítima para uma conversa reveladora ou negócios muito bons para serem verdadeiros, ameaças de retaliação se o dinheiro não for enviado e até mesmo sequestros falsos, afirmou Huang.

Os golpes, que originalmente têm como alvo pessoas ricas na costa, estão se movendo para a região central e para o interior da China. Vizinhanças em Pequim ganharam informes lembrando as pessoas sobre os crimes financeiros cometidos na internet.

As gangues agem como corporações, com departamentos responsáveis pela tecnologia e outros encarregados pelo dinheiro. Falta de procedimentos bancários seguros e um grande número de serviços on-line, incluindo seguros, contribuem para facilitar as operações dos grupos criminosos.

Praça tem equipamentos para exercício da terceira idade

Postos de saúde têm esquema de venda de lugares na fila

Saúde da pessoa idosa é tema de capacitação

O treinamento prossegue nesta quarta-feira a partir das 8h.
Foto: Sergio/ Colaborador
Capacitação do Idoso - 11-08-2009 - Foto Ascom (1).jpg
Profissionais da atenção básica participam de capacitação sobre saúde da pessoa idosa
Ednar Costa

O Programa Saúde do Idoso da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) iniciou nesta terça-feira (11), no Hotel Matsubara, uma capacitação sobre o Caderno de Atenção Básica – Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa, destinada a médicos, enfermeiros e odontólogos de 20 municípios alagoanos. O treinamento prossegue nesta quarta-feira a partir das 8h.

De acordo com Elisabeth Toledo, gerente do Programa Saúde do Idoso, o curso tem como objetivo preparar os profissionais da atenção básica para promover à saúde integral da pessoa idosa, considerando o contexto social e cultural.

“Nesses dois dias de capacitação, vamos abordar as políticas públicas voltadas para o idoso no Sistema Único de Saúde (SUS), alimentação, odontologia geriátrica, fragilidades, diabetes, hipertensão, quedas, dentre outros temas pertinentes à prática diária dos profissionais da atenção básica”, informou.

A nutricionista Kátia Betina, técnica da Diretoria de Planejamento da Sesau, lembrou, durante sua palestra sobre Política Nacional de Promoção da Saúde, que a porta de entrada da saúde da pessoa idosa é a atenção básica.

“É no posto de saúde que o idoso deve ser assistido e orientado a ter uma alimentação saudável, não fumar e nem abusar de bebida alcoólica. Já está provado que o uso abusivo de álcool está diretamente ligado à violência, por isso precisamos trabalhar a prevenção porque é possível o lazer sem álcool”, disse.

Municípios – No primeiro dia do evento, participaram profissionais dos municípios de Atalaia, Barra de São Miguel, Satuba, Chã Preta, Pindoba, Igreja Nova, São Brás, Batalha, Maravilha, Girau do Ponciano, Ibateguara, Murici, São José da Laje, Campestre e Tanque D’Arca.

A segunda etapa do treinamento será realizada nos dias 18 e 19, no Hotel Ritz Plaza Mar e é destinada aos municípios de Palestina, Santana do Mundaú, Coité do Nóia, Estrela de Alagoas, Flexeiras, Novo Lino, Campo Grande, Traipu, União dos Palmares, Joaquim Gomes, Água Branca, Canapi, Delmiro Gouveia, Dois Riachos, Mata Grande, Olho D’Água do Casado, São José da Tapera, Pariconha, Colônia de Leopoldina, Jaramataia e Monteirópolis.

Casos de violência contra os idosos aumentam na capital

Cerca de 15 a 20 casos por dia de idosos que procuram a delegacia de Proteção ao Idoso ou fazem a denúncia.

Danielle Morais
O Imparcial

“Fico correndo perigo dentro da minha própria casa. Por isso estou denunciando para que a justiça seja feita" Terezinha Nobre, 72.

Foi comemorado ontem o Dia Mundial de Conscientização da Violência à Pessoa Idosa. A data foi instituída pelo Inpea/Rede Internacional de Prevenção de Maus-tratos contra Idosos e a Organização das Nações Unidas (ONU). A intenção é fazer uma alerta para que a população possa se conscientizar da importância em cuidar e tratar bem as pessoas com essa faixa etária, principalmente por já não terem mais tantas condições de se defender.

Na delegacia de Proteção ao Idoso foram registrados até a última sexta-feira 1.010 denúncias. São cerca de 15 a 20 casos por dia de idosos que procuram ajuda na delegacia ou fazem a denúncia por telefone. Para a delegacia, esse número tem lados positivos e negativos.

Idosos no Japão: o troféu encolheu

O país cuja população envelhece mais rapidamente no mundo, economiza na Hakusai-Shosho, festa anual que homenageia os centenários com taças de prata para saquê

Renata Moraes e Nathália Butti

Todo ano o governo japonês homenageia os cidadãos que completam 100 anos de idade. Em setembro, eles são convocados para o Hakusai-Shosho, a premiação dos longevos, na qual recebem um troféu – uma taça de prata para saquê. Em 1963, quando a festa foi realizada pela primeira vez, 153 cidadãos tornaram-se centenários. Neste ano, nada menos de 20 000 japoneses estão habilitados à homenagem. O governo está preocupado com os gastos que a celebração implicará e já anunciou que vai reduzir o tamanho da taça. Ela será feita com 63 gramas de prata, 31 a menos do que antes.

A prosaica questão da taça de saquê mostra como o aumento do número de idosos se tornou uma questão central na sociedade japonesa. O Japão é o país cuja população envelhece a ritmo mais acelerado no mundo. Hoje, as pessoas com mais de 65 anos representam 23% da população e, em duas décadas, serão um terço. A expectativa de vida das mulheres, de 86 anos, é a maior do mundo. A dos homens, de 79 anos, fica atrás apenas da da Islândia e de Hong Kong. Há hoje 37 000 japoneses com 100 anos ou mais.

A proporção de idosos no Japão dobrou entre 1980 e 2005. Na França, isso levou 115 anos para ocorrer, e, na Alemanha, quarenta anos. A explicação para isso, além do aumento da expectativa de vida, está na acentuada queda na taxa de fecundidade das japonesas. O número de filhos por mulher caiu de 2,05 no início dos anos 70 para 1,34 hoje. Quando a taxa de fecundidade de um país cai abaixo do patamar de 2,1, a população cresce em ritmo cada vez mais lento e, depois de duas ou três décadas, passa a diminuir de tamanho.


Ao contrário do que costuma ocorrer nos países ocidentais, no Japão a maioria das mulheres para de trabalhar depois de ter o primeiro filho. Como elas estão cada vez mais inseridas no mercado de trabalho, acabam por adiar a maternidade. Junte-se a isso a estagnação econômica que o país vive há mais de uma década e o resultado são casamentos tardios e com menos crianças.

Nas últimas três décadas, o número de japonesas solteiras entre 30 e 34 anos subiu de 7% para 32% e o de homens solteiros, de 14% para 47%. Disse a VEJA o economista Michael Smitka, diretor do Centro de Estudos do Leste Asiático da Universidade Washington and Lee: "O governo japonês não tem feito muita coisa para aumentar a natalidade no país. Equilibrar trabalho e família continua difícil para as mulheres, uma lei de paridade entre os sexos no mercado de trabalho não teve resultados e não há creches suficientes". As festas de premiação dos longevos exigirão cada vez mais taças de prata.

Saúde do idoso será relatada em uma caderneta

Um projeto pioneiro começou a ser implantado em Ituiutaba. Profissionais da área da saúde que atendem pessoas com idade superior a 60 anos estão utilizando a caderneta de saúde do idoso.

A caderneta possui campos para identificação do idoso e consta dados como, por exemplo, problemas atuais de saúde, medicamentos utilizados, internações, alergias, vacinas, controle de pressão arterial, glicemia, peso, ocorrência de quedas, entre outras informações. Por esse motivo, é recomendado que a partir de agora, ela seja levada como se fosse um documento de identidade da saúde e que os dados estejam sempre atualizados.

Criada pelo Ministério da Saúde, a caderneta foi implantada nos PSFs Camargo e Jardim do Rosário e servirá para uma avaliação mais rápida e precisa dos pacientes. Por meio da caderneta, os profissionais da saúde terão conhecimento mais detalhado de cada paciente, e a vantagem para os idosos é ter sempre garantido um atendimento mais apropriado e ágil.

Nessa primeira fase serão priorizados os idosos em situação de saúde mais frágil. As unidades do Programa Saúde da Família em Ituiutaba contam com aproximadamente 5,2 mil pessoas acima de 60 anos. O objetivo é implantar a caderneta para todos os idosos em curto prazo.

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Idosos precisam exercitar flexibilidade e força, recomendam EUA

O American College of Sports Medicine acaba de elaborar as novas recomendações de atividade física para idosos, que enfatizam os benefícios da prática de exercícios de força e de flexibilidade, além dos aeróbicos.

O novo documento dá um panorama completo das evidências científicas sobre os benefícios da atividade física para prevenir e tratar diversos males ligados ao envelhecimento.

A nova recomendação será lançada no Brasil em outubro. "Esse é um grupo de referência no assunto para o mundo inteiro, por isso quem lida com a saúde do idoso deveria seguir essas recomendações", diz a educadora física Andrea Deslandes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Segundo os autores, embora não seja possível evitar o envelhecimento, o exercício regular minimiza os efeitos da idade, aumenta a expectativa de vida e limita o desenvolvimento de certas doenças crônicas.

"Outro objetivo é reforçar o que necessita ser aplicado nos programas de treinamento físico do idoso", diz o educador físico Timóteo Leandro de Araújo, assessor técnico-científico do Programa Agita São Paulo.

"O documento mostra as evidências que temos em todos os aspectos, da respiração à cognição, que justificam incluir a atividade física como parte do envelhecimento saudável", diz a especialista em medicina esportiva Sandra Matsudo, diretora do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul.


"O grande "boom" é a questão cognitiva e a saúde mental. Hoje, sabe-se que todos os processos cognitivos são melhorados a longo prazo quando se pratica atividade física regular", diz.

Sabe-se, por exemplo, que a atividade física diminui o risco de demência senil e de Alzheimer.

Estudos mostram uma redução de 40% no risco de demência em quem gasta 400 calorias por semana caminhando. "Se o gasto for maior, o risco praticamente desaparece."

Pesquisas que analisam a relação entre o exercício e a função cognitiva destacam que a atividade física pode aumentar os níveis de fatores de crescimento no cérebro, estimular a neurogênese, aumentar a resistência do cérebro a danos, melhorar a aprendizagem e o desempenho mental.

Caminhar não basta - Mas, para os idosos, caminhar não é o suficiente, já que a maior parte da incapacidade física nessa idade deve-se à perda da força muscular. "Tudo depende da força, desde caminhar e levantar-se de uma cadeira até erguer uma garrafa de água de um litro", lembra Matsudo.

Segundo ela, o fato de cedermos o lugar para um idoso se sentar, por exemplo, tira uma das poucas oportunidades que ele tem de se exercitar e fortalecer a musculatura das pernas.

Já o impacto dos exercícios na longevidade está documentado em várias pesquisas. Uma análise sueca, do Instituto Karolinska, que acompanhou 3.206 pessoas durante 12 anos, mostrou que os fisicamente ativos tiveram um risco de mortalidade por todas as causas 28% menor do que os sedentários. A atividade física também tem impacto na capacidade funcional. Um estudo americano com mais de mil idosos mostrou que o risco de incapacidade para realizar tarefas diárias diminui em 7% a cada hora adicional de atividade física por semana. (Fonte: Gabriela Cupani/ Folha Online)

Idosos sem recursos vivem drama em Campinas

Agência Anhanguera de Notícias
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Victorine Ducrot, no São Vicente de Paulo, na Vila Industrial: ao menos três pessoas
(Foto: Estevam Scuoteguazza/AAN)

Os idosos sem recursos vivem um drama em Campinas: não há vaga suficiente para aqueles que não têm família ou que os parentes são incapazes de mantê-los em casa. Das 122 organizações não governamentais (ONGs) cofinanciadas pela Prefeitura, quatro prestam esse serviço. A população com mais de 60 anos representa 12% do total dos 1,2 milhão de habitantes da cidade. Segundo a Fundação Seade, essa participação subirá para 17% em 2020.

Hoje, 150 idosos estão abrigados em Campinas em vagas mantidas pela Prefeitura, outros 1.050 são internados em instituições particulares, as chamadas casas de longa permanência. Há 72 locais do tipo na cidade — 15 estão regularizados e os outros em licenciamento, segundo a Secretaria da Saúde. O valor mensal para manter um idoso em um desses locais começa em R$ 1 mil, apesar de especialistas avaliarem que o custo com os cuidados de um idoso acamado chegue aos R$ 3 mil, além dos medicamentos.

Em maio, uma pesquisa sobre as condições de vida das pessoas acima dos 60 anos mostrou que Campinas é a 466ª no ranking dos 645 municípios do Estado, quando o assunto é o índice de futuridade, que leva em conta a prestação de serviços, programas e iniciativas de gestão pública municipal nessa faixa etária. O estudo foi feito pela Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social em parceria com a Fundação Seade.

Leia a matéria completa na edição impressa deste domingo (09/08) dos jornais Correio Popular e Diário do Povo

Victorine Ducrot, no São Vicente de Paulo, na Vila Industrial: ao menos três pessoas
Fotos: Estevam Scuoteguazza/AAN

Casas de idosos: adequações simples podem evitar acidentes

egraus, quinas, pisos escorregadios e carpete são alguns dos vilões domésticos para as pessoas idosas

Por Helena Dias

A constatação deste número é surpreendente: 75% das lesões sofridas por pessoas com mais de 60 anos são causadas por acidentes domésticos, segundo o Sistema Único de Saúde (SUS). E a maior parte desses acidentes são quedas, das quais 34% causam fraturas. Mas esse número poderia ser bem menor com algumas pequenas e simples adaptações. “A arquitetura tem que unir conforto, beleza e independência para os idosos”, afirma a arquiteta Dorys Daher, que dá dicas simples para tornar a casa mais segura para os idosos:

- Os degraus devem ser evitados. Eles tornam impossível a circulação de cadeiras de rodas, dificultam a passagem de pessoas com limitações de movimento e são a maior causa de tropeços. Se possível, a melhor opção é fazer uma pequena reforma para retirar os degraus e colocar rampas no desnível. Mas, caso a reforma não seja possível, Dorys sugere a construção de uma rampa móvel de madeira revestida com carpete ou de chapa de alumínio corrugado (antiderrapante). Essa rampa pode ser feita em marcenarias ou ferreiros e custa bem menos que uma reforma.

- O carpete deve ser retirado para evitar o acúmulo de ácaros e pó, causadores de doenças pulmonares. Tábuas corridas são práticas – a instalação é feita em um dia. Outras opções são os pisos frios - cerâmica ou porcelanato - ou mantas plásticas, também com fácil aplicação e fáceis de limpar.

- No banheiro é imprescindível um piso antiderrapante para evitar escorregões. A outra sugestão é inusitada: carpete. “Parece estranho, mas um carpete removível evita tombos e dá conforto para quem pisa”, diz Dorys. A arquiteta recomenda carpetes recortados para encaixar na louça e que possam ser retirados para lavar. Assim, o banheiro não fica com o chão frio, que incomoda quem pisa descalço.

- Barras de apoio são essenciais perto do vaso sanitário, no boxe e ao lado da pia. A altura deve ser regulada de acordo com a pessoa que vai usar. Na área de banho, é melhor evitar boxes de materiais que possam quebrar e cortar em caso de queda. Uma cortina de tecido semipermeável bem fixada é uma alternativa barata e fácil de limpar. Um pouco mais caro, o boxe blindado é outra opção segura. Outro vilão é o degrauzinho ou a pedra que impede a saída da água. Eles podem ser substituídos por uma grelha.

- Iluminação também é um ponto importante a ser pensado. A casa nunca deve ficar escura, mas a claridade não pode atrapalhar o sono. Uma luminária ou um dimmer no quarto mantém a luz bem fraca, somente para evitar acidentes. Outra opção é colocar lâmpada fria no cômodo ao lado - ela pode ficar ligada a noite toda sem gastar muita energia. No banheiro, o ideal é um sensor de presença com acendimento automático.

- As quinas precisam ser escondidas. As dos móveis podem ser tapadas com bolinhas de borracha feitas especialmente para isso. Também é legal proteger as quinas das paredes, para que não sejam danificadas por cadeiras de rodas. Os caminhos e áreas de passagem precisam ficar sem obstáculos. Dorys lembra também que maçanetas de alavancas são mais fáceis de abrir.

- Na cozinha é preciso ter cuidado dobrado: não deixe objetos pontiagudos expostos, coloque um tapete ao lado da pia para o chão não ficar escorregadio e cozinhe com os cabos das panelas virados para dentro. Coocktops elétricos são mais seguros que fogões a gás. Os armários ocupam menos espaço com portas de correr e não criam obstáculos quando elas estão abertas.

Com essas adaptações simples e, muitas vezes, econômicas, é possível diminuir a porcentagem de acidentes domésticos com idosos. Mas quem ainda vai construir o imóvel, é bom não esquecer de que todo mundo envelhece um dia, por isso o melhor é projetar a casa para essa fase da vida. Até os hotéis já estão se preparando e fazendo adaptações, como este projeto da arquiteta Luana Radesco.

Dona Anésia é uma campeã de solidariedade

Amigas se reencontram após quase 30 anos graças ao RJTV

A história, que aconteceu em um lar de idosos, teve um final feliz. Tudo começou depois de uma reportagem exibida aqui no RJTV.
Nair, de 89 anos, e a aposentada Jaíra da Costa, de 83, não se desgrudam mais. “É uma amiga, parceira em tudo”, diz Jaíra.

Quem vê as duas assim, parceiras, não imagina que elas ficaram quase 30 anos separadas. O marido de Jaíra era irmão do marido de Nair. Elas eram muito amigas, visitavam uma a outra. Só que perderam o contato com os maridos morreram.

Mas essa história começou a mudar no mês passado, quando Jaíra assistiu uma reportagem no RJTV que mostrava como faz bem aos idosos o contato com bichos de estimação. Mostramos a visita de cães terapeutas a um asilo no Méier.

Jaíra viu o jornal em casa, na Vila Valqueire, quando teve uma surpresa. “Foi um susto. Tinha perdido o contato com ela há anos. Foi bom”, conta.

Nas imagens, ela reconheceu Nair, que há três anos mora no asilo. Não pensou duas vezes. Pediu que o filho a levasse até lá. Não quis mais voltar para casa.

“Foi emocionante. Elas se abraçaram. Quem estava perto também ficou contente. A Nair, a princípio, não entendeu. Mas quando caiu a ficha ela ficou alegre, começaram a relembrar coisas, colocaram a fofoca em dia”, descreve a enfermeira Lídia Dias.

As duas não querem nem saber de separação. “Somos uma família. Queremos ficar juntas”, diz Jaíra.

Leitura para pessoas de todas as idades

A leitura no mundo moderno é a habilidade intelectual mais importante a ser desenvolvida e cultivada por qualquer pessoa, de qualquer idade
Por: Mônica de Ávila Todaro
Doutora em Educação e Mestre em Gerontologia pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), Chefe de Seção da Secretaria de Educação de Itatiba (SP) e Presidente do Conselho dos Direitos
da Pessoa Idosa de Itatiba (SP)
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foto colunasamplamente divulgada a importância de aproximar a criança dos livros, mas e a pessoa idosa tem sido lembrada? A pesquisa “Retratos da leitura no Brasil”, publicada pelo Instituto Pró-Livro (IPL), apresentou dados preocupantes:

- A maior parcela de
não-leitores está entre a população adulta: 30 a 39 anos (15%), 40 a 49 (15%), 50 a 59 (13%) e 60 a 69 (11%);
-
54% dos entrevistados alegou falta de tempo para ler;
- a
maioria dos não-leitores (aqueles que não leram um livro nos três meses anteriores à pesquisa) não vivenciou a experiência de ver alguém lendo na própria família.

Sabe-se que a leitura no mundo moderno é a habilidade intelectual mais importante a ser desenvolvida e cultivada por qualquer pessoa,
de qualquer idade.

Já que a aprendizagem ocorre ao longo da vida, as
pessoas com mais de sessenta anos podem recorrer aos livros e à leitura como fonte de informações, como instrumento de aprendizagem e como forma de lazer. Por isso, a criação de políticas públicas de leitura para pessoas idosas é importantíssima!

Para
mudar o quadro apontado pela pesquisa, se faz necessário cumprir o que diz o Estatuto do Idoso, em seu artigo 25, do capítulo V: “O poder público incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual.”

Como apontam as histórias de leitura,
avós que gostam de ler de verdade e que acreditam na leitura têm mais chances de fazer com que toda a família também goste de ler.

Como nos ensina
Lajolo (2005), quaisquer que sejam os livros, eles sempre serão diferentes uns dos outros: tratam de diferentes assuntos, têm tamanhos diferentes, são escritos em diferentes estilos, alguns são ilustrados em cores, outros em branco e preto, outros nem são ilustrados. Uns foram escritos há muito tempo, outros são recentes. Muitos são brasileiros, e muitos vêm de diferentes partes do mundo. Em resumo, há livros ótimos para rir, para chorar e para aprender.

Leia, pois ler faz bem à saúde e incrementa sua qualidade de vida!

Ilustração: divulgação

Um casal de idosos proibido de manter seu relacionamento em um asilo de La Paz, na Bolívia, finalmente se casou na quarta-feira.



Irma Rodríguez, de 73 anos, e Jorge Carillo, 63, tiveram que deixar o asilo onde viviam, o San Ramón, por terem iniciado o namoro - o que é contra as regras da instituição.


Depois de dois anos e meio de namoro, uma funcionária do asilo os surpreendeu se beijando e a administração impôs que eles não se falassem mais.


Em maio, o casal decidiu sair do asilo e, uma vez fora da residência, o casal passou de alojamento a alojamento em La Paz tentando encontrar um endereço fixo, com as poucas economias que tinham.


Eles chegaram a viver em Cochabamba, mas, sem dinheiro, tiveram que voltar para La Paz, onde se separaram. Irma conseguiu um lugar em um asilo feminino e Jorge voltou a viver com a família, mas o casal não tinha o dinheiro necessário sequer para se telefonar.


Mas, depois que sua história foi divulgada pela BBC e outros órgãos da imprensa local, as portas começaram a se abrir para o casal - que teve o casamento transmitido pela televisão boliviana e com apoio de patrocinadores.


Moradia


A prefeitura de La Paz começou a facilitar a vida de Irma e Jorge ao fornecer para o casal uma residência independente no terceiro andar de um asilo para idosos.


Depois os apresentadores da rede de televisão boliviana Carlos Monroy e Elvia Moya se ofereceram para ser padrinhos de casamento. Uma confeitaria doou o bolo, uma joalheria, as alianças, uma alfaiataria, o vestido de noiva e um cabeleireiro, os cortes de cabelo para os noivos.


Em meio aos preparativos para o casamento, enquanto estavam no cabeleireiro, Irma e Jorge deram entrevista à BBC.


"Irma é um ser com que Deus me presenteou", afirmou Jorge enquanto falava sobre os obstáculos para o namoro dos dois.


Mesmo a poucas horas do casamento, Irma e Jorge viveram separados, pois não tinham conseguido um asilo que os aceitasse juntos.


Bem-humorada, Irma afirmou que, mesmo assim, conseguiria escapar do asilo para ir ver Jorge.


Festa concorrida


Finalmente a solução chegou com o casamento. Mais de 300 pessoas compareceram à cerimônia que ocorreu na igreja de Santo Domingo no início da tarde de quarta-feira, segundo o jornal boliviano La Razón


"Estou feliz, é o dia mais feliz da minha vida", disse Irma ao jornal.


Antes do casamento, Jorge disse à BBC que gostaria que "o que nos aconteceu sirva de exemplo para que os outros idosos possam ser felizes. Não se pode proibir (o namoro entre idosos)".


Jorge também aproveitou a ocasião para enviar uma mensagem para as freiras do asilo em que os dois viviam e que tiveram que abandonar depois de ter o relacionamento proibido pelas religiosas.


"Elas, que são religiosas, que se emocionem (com a história), que não sejam hipócritas diante de Deus", afirmou.


Daqui para frente, a alimentação de Irma e Jorge será por conta do novo asilo deles, o Quevedo, e os gastos pessoais dos dois serão pagos com o chamado Salário Dignidade, uma renda mensal de cerca de 200 bolivianos (aproximadamente R$ 54) paga pelo governo aos idosos.