A Dirección Nacional de Adulto Mayor y Asistencia Social apresentou em 2007 os resultados de uma pesquisa realizada com 270 pessoas de cem ou mais anos em Havana, como parte de um trabalho sobre este grupo que ainda está em fase de execução.
Os resultados do estudo, que começou a ser elaborado em 2005, revelam que dos 270 centenários da capital cubana, 210 são mulheres e que, entre outros aspectos, a maior parte deles praticam alguma forma de "espiritualidade", nunca fumaram nem beberam álcool e mantêm hábitos sadios.
O trabalho revela também que a maior parte dos centenários, 256, vivem em companhia de alguma pessoa.
Segundo o diretor da Dirección Nacional de Adulto Mayor y Asistencia Social, Alberto Fernández, o estudo pode servir de pauta para o resto de Cuba, embora ainda faltem três províncias para completar o perfil dos mais de mil cubanos que superaram 100 anos de idade.
Cerca de 12 dos entrevistados compareceram à apresentação do relatório e destacaram a importância de encontrar "alegria para viver", de manter uma encorajada interação social recebendo visitas, conversando com amigos e familiares, de permanecer ativo e de se sentir queridos.
"Me propuseram casamento aos 70 anos, imagina você", disse à Efe Enriqueta Herrera, uma mulher de 105 anos com oito tataranetos, que a esta alturas diz que já descartou a possibilidade de ter um namorado.
Enriqueta cuida seu coração desde 1989 com pastilhas que um médico receitou com o conselho de que não deixasse nunca de tomá-las e lembra que seu filho mais velho morreu "de idade" aos 83 anos, após ter sido "sempre muito mulherengo".
"Eu tomo a pastilha todos os dias às cinco da manhã, bebo um copinho de vinho no almoço e fumo um charuto por dia", afirma.
Enriqueta diz que sempre teve uma alimentação saudável, que regularmente tomava emulsões a base de fígado de bacalhau e em sua família uma vez por semana ingeriam uma substância "para limpar o intestino".