Idoso realiza teste para detectar se tem hepatite (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Um exame simples pode garantir tranquilidade para praticamente toda uma vida. Aproveitando o desejo da comunidade médica de se institucionalizar o Dia Mundial de Combate à Hepatite C, a Associação de Apoio à Terceira Idade (AATI) decidiu promover uma campanha para a realização gratuita do teste para detectar a doença, em sua sede, em Copacabana, na Zona Sul do Rio.
De acordo com a coordenadora da campanha, Leila Blanco, a hepatite C é uma doença viral cuja contaminação se dá através do sangue. Atualmente, cerca de 3 milhões de brasileiros têm a doença, que se não for tratada, pode se tornar crônica, levando à cirrose e ao câncer de fígado.
“É uma doença praticamente assintomática, que se manifesta por fadiga e um mal estar que podem ser confundidos com resfriado. No entanto, se não tratada, pode causar sérios danos à saúde”, alertou Leila.
Esterilização de agulhas
As pessoas podem ter adquirido a doença em tratamentos de hemodiálise, transfusões de sangue – antes de 1993, quando todo sangue passou a ser testado – ou ainda em manicures, cujos instrumentos não foram devidamente esterilizados, e em tatuagens.
“Já se constatou que apesar da utilização de agulhas descartáveis, o vírus da hepatite C pode ficar na tinta usada na tatuagem por até 72 horas”, explicou a coordenadora.
O teste básico para detectar a doença é rápido. Bastam duas gotinhas de sangue tiradas do dedo do paciente e colocada numa lâmina especial. Em cinco minutos sai o resultado. Em caso de exame positivo para a doença, a lâmina apresenta dois traços.
Exame de sangue
“Neste caso, a gente encaminha o paciente para conversar com o pessoal do serviço social e procurar um médico para pedir novos exames de sangue mais detalhados para começar o tratamento”, disse Leila.
Nas duas primeiras horas de exame, cerca de 70 pessoas fizeram o teste na AATI nesta quinta. Três delas apresentaram resultados positivos para a doença.
A dona de casa Maria Eliete Nazário soube da campanha e correu para fazer o teste.
“Se a doença não tem sintomas, a gente tem de fazer exames para saber como está a saúde”, disse Eliete que saiu feliz da vida ao saber que não tem o vírus da doença.