Pesquisa no Ambulatório de Prevenção ao Risco de Quedas do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP) aponta que metade dos pacientes idosos teme cair durante o banho. Para um idoso, uma simples queda pode resultar em fraturas graves - como do fêmur, que pode deixar consequências para o resto da vida. O diretor do Serviço de Geriatria do HC, Wilson Jacob, explica que o tombo provoca marcas físicas e psicológicas. "O idoso pode nunca mais andar plenamente." Os danos psicológicos são os que levam a pessoa mais velha a mudar o comportamento - como evitar o banho.
Jacob explica que são três os motivos que podem aumentam o risco de quedas. Na ordem: músculos frágeis, dificuldades em manter o equilíbrio (como tonturas ou vertigens decorrentes de distúrbios no labirinto) e problemas articulares (que podem levar a mudança de postura ou na forma de caminhar).
O que se deve fazer é adaptar o ambiente à incapacidade física dos idosos. O banheiro deve ter os itens de segurança indicados a eles. "Quinas pontiagudas e peças de vidro são proibidas num box usado por um idoso", diz a arquiteta Cybele Barros, especialista em adaptar um lar às necessidades dos mais velhos.
Exercícios
Jacob também atribuiu responsabilidade aos idosos, que devem praticar exercícios físicos para manter os músculos fortalecidos. A recomendação é pela prática de musculação, pelo menos três vezes por semana, em dias alternados. "Caminhada, corrida ou ciclismo são bons para resistência, não para manter a força dos músculos", explica.
Mas o especialista alerta: para chegar à velhice com os músculos sadios, é preciso manter uma prática regular de atividade física desde a juventude. E a musculação deve fazer parte da rotina de exercícios. Jacob explica que, se uma pessoa se mantém sedentária dos 30 aos 50 anos, terá perdido, em 20 anos, 10% da massa muscular. mantidas as condições, o ritmo aumenta par 1% ao ano a partir dos 50 anos. "E pode chegar aos 80 com 40% a menos."
As informações são do Jornal da Tarde.