Fuxico, retalhos, tampas de garrafa pet, sementes, tudo se transforma em colares, bolsas, carteiras e blusas pela obra de 15 senhoras de até 80 anos, que participam das atividades do ateliê comunitário. Mulheres que fazem parte de igrejas evangélicas da região também participam do trabalho.
As atividades começaram de forma itinerante na comunidade. O objetivo era desenvolver a criatividade das mulheres, promover a integração social e gerar renda.
— A gente beneficia a ONG e os pequenos empreendedores da comunidade, com geração de renda para todos. Meu trabalho é de buscar esses talentos dentro da comunidade — afirma Eleandra Fidélis, presidente da ONG.
Participantes terão palestras do Senac
Com o foco na criação da moda com materiais que seriam descartados pelas grandes marcas, Eleandra decidiu apresentar o projeto da ONG para os coordenadores do Fashion Business e obteve sucesso.
— A questão sustentável é falada só na garrafa e na latinha, mas isso não é levado à moda. Há peças e coleções inteiras que são descartadas, mas que servem para fazermos as nossas peças. Hoje, não temos condições financeiras para comprar o material. Queremos fazer uma articulação com as grandes grifes — conta Eleandra.
A diretora do Senac Rio Fashion Business, Eloysa Simão, não economiza elogios ao trabalho da ONG:
— A ONG trabalha com mulheres da terceira idade e famílias com dependentes de crack. Além da importância social, o trabalho tem vocação estética. Faremos uma campanha para doação de tecidos. Elas também terão palestras e uma consultoria para se estruturarem melhor. Vamos mostrar um outro lado da comunidade que não é valorizado.