Tomar aspirina regularmente a partir dos 40 anos pode reduzir risco de câncer


Londres, 28 abr (EFE).- Aqueles que ingerirem regularmente uma certa dose de aspirina a partir dos 40 anos reduzirão o risco de sofrer de câncer quando forem idosos, afirma estudo divulgado hoje pela organização britânica "Cancer Research UK".


Uma equipe de cientistas da ONG explica que a aspirina é capaz de bloquear as enzimas COX, encarregadas de permitir o desenvolvimento de diversos tipos de câncer.


Por isso, se o medicamento for administrado como tratamento preventivo poderia provocar queda no risco de alguém sofrer da doença no longo prazo.


Não é a primeira vez que a comunidade científica analisa as propriedades da aspirina na prevenção do câncer, e vários estudos realizados anteriormente sugerem que as pessoas que tomam o fármaco com certa assiduidade desenvolvem maior proteção frente ao câncer de mama, de intestino e de próstata.


Desta vez, os pesquisadores do "Cancer Research UK" se basearam nas conclusões de 12 projetos, que contaram com participação de mais de 50 mil pessoas.


Apesar das afirmações contidas no estudo divulgado hoje, muitos médicos ainda se negam a recomendar a ingestão de aspirina no longo prazo, devido a efeitos colaterais e secundários que podem ser reforçados, como hemorragias intestinais e úlceras estomacais.


Os cientistas dizem agora que o tratamento preventivo com aspirinas deve começar a partir dos 40 ou 45 anos, aproximadamente uma década antes da idade na qual os seres humanos são mais propensos a desenvolver câncer.


Segundo o professor Jack Cuzick, da Universidade Queen Mary, em Londres, o tratamento é mais efetivo nessas idades porque "é nesse período que começam a ocorrer lesões pre-cancerígenas".


No entanto, Cuzick considera que ainda é cedo demais para se generalizar o tratamento, já que "são necessários mais exames para avaliar quais tipos de pessoas poderiam ser beneficiados pelo próprio". EFE